sexta-feira, 11 de março de 2016

Possíveis causas do transtorno do espectro autista

AUTISMO CAUSAS
Não há uma causa única conhecida para o transtorno do espectro do autismo, mas pesquisas mostram que estar relacionada a anormalidades na estrutura ou função cerebral. O cérebro das crianças do espectro autistas tem diferenças na forma e estrutura do cérebro comparadas as crianças típicas. Investigadores não sabem a causa exata do autismo, mas estão investigando uma série de teorias, incluindo as ligações entre a hereditariedade, genética e problemas médicos.
Em muitas famílias, parece haver um padrão de autismo ou deficiências relacionadas, um maior apoio à teoria de que o transtorno tem uma base genética. Embora nenhum gene foi identificado como causador de autismo, os investigadores estão à procura de segmentos irregulares de código genético que crianças com autismo pode ter herdado. Parece também que algumas crianças nascem com uma susceptibilidade ao autismo, mas os pesquisadores ainda não identificaram um único "gatilho" que causa o autismo para se desenvolver.
Outros pesquisadores investigam a possibilidade de que, sob certas condições, um cluster de genes instáveis ​​podem interferir com o desenvolvimento do cérebro, resultando no autismo. Outros pesquisadores investigam problemas durante a gestação e/ou no parto, bem como fatores ambientais, tais como infecções virais, desequilíbrios metabólicos e exposição a substâncias químicas.
 Sobre a vulnerabilidade genética
O autismo tende a ocorrer com mais frequência do que o esperado entre os indivíduos que têm certas condições médicas, incluindo a síndrome do X frágil, a esclerose tuberosa, síndrome da rubéola congênita e fenilcetonúria não tratadas (PKU). Algumas substâncias nocivas ingeridas durante a gravidez também têm sido associadas a um risco aumentado de autismo.
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AUTISM CAUSES
There is no known single cause for autism spectrum disorder, but it is generally accepted that it is caused by abnormalities in brain structure or function. Brain scans show differences in the shape and structure of the brain in children with autism compared to in neurotypical children. Researchers do not know the exact cause of autism but are investigating a number of theories, including the links among heredity, genetics and medical problems.
In many families, there appears to be a pattern of autism or related disabilities, further supporting the theory that the disorder has a genetic basis. While no one gene has been identified as causing autism, researchers are searching for irregular segments of genetic code that children with autism may have inherited. It also appears that some children are born with a susceptibility to autism, but researchers have not yet identified a single “trigger” that causes autism to develop.
Other researchers are investigating the possibility that under certain conditions, a cluster of unstable genes may interfere with brain development, resulting in autism. Still other researchers are investigating problems during pregnancy or delivery as well as environmental factors such as viral infections, metabolic imbalances and exposure to chemicals.
Genetic Vulnerability

Autism tends to occur more frequently than expected among individuals who have certain medical conditions, including fragile X syndrome, tuberous sclerosis, congenital rubella syndrome and untreated phenylketonuria (PKU). Some harmful substances ingested during pregnancy also have been associated with an increased risk of autism.

terça-feira, 10 de novembro de 2015

literatura interessante para profissionais! Insula e autismo

Artigo super interessante - Resposta Insula e conectividade durante atenção social e não-social em crianças com autismo. (título em português)

http://scan.oxfordjournals.org/content/early/2015/10/09/scan.nsv126.long

Resumo em português:

Transtorno do espectro do autismo (TEA) é caracterizada pela atenção reduzida a estímulos sociais importantes. Usaram duas tarefas visuais excêntricas para investigar sistemas cerebrais envolvidos durante atenção para o desenvolvimento social (face) e (cena) estímulos não-sociais. Focados na parte dorsal e ventral, subdivisões da ínsula anterior, anatomicamente regiões distintas conhecidas por regular a atenção aos estímulos comportamentais significativas.
Os resultados apontam para padrões atípicos de ativação da ínsula anterior direito e conectividade em TEA e sugerem que múltiplas funções pela ínsula, incluindo a atenção e processamento de estímulos afetivos sociais mais importantes, são divergentes em crianças com o transtorno.

Insula – Funções:
A ínsula funciona como uma espécie de intérprete do cérebro ao traduzir sons, cheiros ou sabores em emoções e sentimentos como: nojo, desejo, orgulho, arrependimento, culpa, empatia.
  •  "Ela dá colorido psíquico às experiências sensoriais", diz o neurocirurgião Arthur Cukiert
  • Ou, como definiu o psiquiatra americano Martin Paulus, professor da Universidade da Califórnia, é na ínsula que o corpo e a mente se encontram.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Video Autismo

Entrevista para TV Saúde Line, sobre o Transtorno do Espectro Autista.


Terapia ABA


Inicialmente é realizada uma avaliação cuidadosa e aprofundada para determinar as competências que o aluno possui e as que estão ausentes. Para cada aluno, as competências a ser aumentadas e os problemas a ser reduzidos são claramente definidos em termos observáveis e mensuráveis através de observação directa, com verificação independente por um segundo observador.

Os objetivos da terapia/intervenção é feita com base nos dados da avaliação inicial, de um currículo base e da sequência de aquisição de competências em todos os domínios (aprender a aprender, comunicativo, social, académico, autocuidado, motor, brincar e divertimento, etc.), os quais são decompostos em pequenos passos, sendo estes desenvolvidos sequencialmente, ou dos mais simples para os mais complexos. O método ABA pode intencionalmente ensinar a criança a exibir comportamentos mais adequados no lugar dos comportamentos problemas.

Comportamentos estão relacionados a eventos ou estímulos que os precedem (antecedentes) e a sua probabilidade de ocorrência futura está relacionada às conseqüências que os seguem.

Todo comportamento é modificado através de suas conseqüências (Moreira e Medeiros, 2007). Tentamos fazer coisas e se elas funcionam faremos novamente; quando nossas ações não funcionam é menos provável que as realizemos novamente no futuro.

Os objetivos da intervenção são:

1. Trabalhar os déficits, identificando os comportamentos que a criança tem dificuldades ou até inabilidades e que prejudicam sua vida e suas aprendizagens.
2. Diminuir a freqüência e intensidade de comportamentos de birra ou indesejáveis, como, por exemplo: agressividade, estereotipias e outros que dificultam o convívio social e aprendizagem deste indivíduo.
3. Promover o desenvolvimento de habilidades sociais, comunicativas, adaptativas, cognitivas, acadêmicas etc.
4. Promover comportamentos socialmente desejáveis

A intervenção é baseada em uma análise funcional, ou seja, análise da função do comportamento determinante, para eliminar comportamentos socialmente indesejáveis. Este é um ponto central para entendermos qual é o propósito do comportamento problema que a criança está apresentando e, com isso, montarmos a intervenção para modificá-lo. Se o comportamento é influenciado por suas consequências, podemos manipulá-las para entendermos melhor como essa sequência se dá e também modificar os comportamentos das pessoas, programando conseqüências especiais para tal (Moreira e Medeiros, 2007).

O primeiro passo para se resolver um comportamento problema é identificar a sua função. Se não soubermos por que uma criança deve se engajar em um comportamento adequado (qual a função ou propósito), será difícil saber como devemos ensiná-la.

Pais, terapeutas e professores tendem a imaginar ou achar um motivo para o comportamento e isso incorrerá no insucesso da intervenção. A avaliação comportamental é a fase da descoberta, e visa à identificação e o entendimento de alguns aspectos relativos à criança com autismo e seu ambiente. Alguns dos objetivos da avaliação são:

Entender o repertório de comunicação da criança: presença ou não de linguagem funcional, contato visual, atendimento de ordens, entre outros;

Como ela se relaciona em seu ambiente: brinquedos preferidos, apresenta birras frequentes, como reage às pessoas;

Qual a função de seus comportamentos;

Em que circunstâncias certos problemas ocorrem ou deixam de ocorrer com maior freqüência ou intensidade?

Quais as conseqüências fornecidas a esses comportamentos problema?

Com base nestas informações, o segundo passo é traçar pequenos objetivos a curto prazo, visando à ampliação de habilidades e eliminação de comportamentos inadequados, realizando a manipulação dos antecedentes (estratégias de prevenção).

É importante que a modificação de comportamentos desafiadores seja feita gradualmente, sendo a redução da ansiedade e do sofrimento o objetivo principal. Isto é feito pelo estabelecimento de regras claras e consistentes (quando o comportamento não é admitido ou permitido); uma modificação gradativa; identificação de funções subjacentes, tais como ansiedade ou incerteza; modificações ambientais (mudança nas atitudes ou tornar a situação mais previsível) e transformação das obsessões em atividades adaptativas (Bosa, 2006).



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Autismo DSM V

A nova edição do DSM trouxe uma nova estrutura de sintomas, e a tríade de sintomas que modela déficits de comunicação separadamente de prejuízos sociais do DSM-IV, que foi substituído por um modelo de dois domínios composto por um domínio relativo a déficit de comunicação social e um segundo relativo a comportamentos/interesses restritos e repetitivos. Além disso, o critério de atraso ou ausência total de desenvolvimento de linguagem expressiva foi eliminado do DSM-5, uma vez que pesquisas mostraram que esta característica não é universal, nem específica de indivíduos com TEA.

DSM-V : Transtorno do Espectro do Autismo

Deve preencher os critérios 1, 2 e 3 abaixo:

Déficits clinicamente significativos e persistentes na comunicação social e nas interações sociais, manifestadas de todas as maneiras seguintes:

1.    Déficits expressivos na comunicação não verbal e verbal usadas para interação social;
2.    Falta de reciprocidade social;
3.    Incapacidade para desenvolver e manter relacionamentos de amizade apropriados para o estágio de desenvolvimento.

Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades, manifestados por pelo menos duas das maneiras abaixo:

1.    Comportamentos motores ou verbais estereotipados, ou comportamentos sensoriais incomuns;
2.    Excessiva adesão/aderência a rotinas e padrões ritualizados de comportamento;
3.    Interesses restritos, fixos e intensos.
Os sintomas devem estar presentes no início da infância, mas podem não se manifestar completamente até que as demandas sociais excedam o limite de suas capacidades.

Justificativas:

Novo nome para a categoria, Transtorno do Espectro do Autismo, que inclui transtorno autístico (autismo), transtorno de Asperger, transtorno desintegrativo da infância, e transtorno global ou invasivo do desenvolvimento sem outra especificação.

A diferenciação entre Transtorno do Espectro do Autismo, desenvolvimento típico/normal e de outros transtornos “fora do espectro” é feita com segurança e com validade. No entanto, as distinções entre os transtornos têm se mostrado inconsistentes com o passar do tempo. Variáveis dependentes do ambiente, e frequentemente associadas à gravidade, nível de linguagem ou inteligência, parecem contribuir mais do que as características do transtorno.